quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Esclerose múltipla

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença do cérebro e da medula espinhal. De acordo com estimativas existe mais de 1 milhão de casos de EM no mundo. A EM encontra-se na proporção de duas mulheres para cada homem, em termos de raça na proporção de três indivíduos de raça caucasiana para 1 de raça africana, com idade compreendida entre os 20 e os 40 anos, com uma média de 27 anos de idade. Surpreendentemente, a EM ocorre com maior incidência nos países com climas mais frios e menos nos países com Invernos menos severos.

É muito difícil diagnosticar a EM em doentes com vida.

É na autópsia que se comprovam os seguintes factores:
  • existência de placas escleróticas
  • perda de mielina com deterioração do axónio neuronal
  • ausência de oligodendrócitos (as células que produzem a mielina)
  • gliosis - cicatrização produzida pelas células gliais no Sistema Nervoso Central.

Somente estas provas podem confirmar, sem qualquer margem para dúvidas, a existência de facto da EM.

Ainda não está completamente compreendido o porquê da formação das placas escleróticas e da desmielinização. Mas está claro que essas transformações do Sistema Nervoso Central (SNC) ocorrem parcialmente devido à reacção do Sistema Imunitário contra qualquer acção desconhecida, sendo que os traumas emocionais são apontados como as causas mais prováveis.

A resposta do Sistema Imunitário é composta por 2 fases: A fase inata-inflamatória não específica e a fase adaptiva-específica.

Nos doentes com EM, durante a fase inata-inflamatória ocorre o processo de inflamação com alterações vasculares que permitem a extravasão de um grande número de células brancas para áreas extra-vasculares. Este processo é conhecido como diapedese. Estas células extravasadas do Sistema Imunitário segregam uma grande quantidade de moléculas pró-inflamatórias (citoquinos) que aumentam a intensidade do processo inflamatório em curso. Esta actividade inflamatória excessiva contribui para o desenvolvimento de muitos outros processos patológicos, os quais levam por sua vez à destruição dos tecidos adjacentes.

Na fase adaptiva-específica da resposta do Sistema Imunitário estão envolvidas células específicas - linfócitos de todos os sub-grupos, que identificam as células e as moléculas como indesejáveis e não pertencentes aos tecidos. A mielina e os oligodendrócitos são classificados como “inimigos” e destruídos por esses linfócitos. As células gliais (neuroglia), que fazem parte do tecido cerebral, reagem da mesma maneira à inflamação e destroem áreas do cérebro formando fibroses, num processo conhecido como gliosis.

Nas áreas com placas escleróticas, a desmielinização e a gliosis formam cicatrizes que atravessam a substância branca do cérebro e da medula espinhal. A localização dessas áreas no cérebro e na medula espinhal determina a sintomatologia que o doente com EM apresenta, interferindo nas funções das respectivas áreas afectadas do SNC, tais como: (1) origem do controle neuronal, (2) áreas de condução nervosa, (3) áreas de interpretação das mensagens.

Considerando a importância das áreas afectadas, é facilmente compreensível como podem variar as manifestações clínicas dos doentes com EM.

A Medicina convencional não tem cura para a Esclerose Múltipla. A maior parte da medicação aplicada no tratamento da EM (existem mais de 20 medicamentos actualmente em uso) só é eficiente no tratamento dos sintomas, pois as causas da origem da doença são ainda desconhecidas. Os cientistas discutem o tema, mas não sabem se a EM tem origem genética e/ou auto-imune, se é provocada por infecções virais ou por agentes tóxicos internos ou externos, ou se é uma combinação de todas elas ou quaisquer outras possibilidades.

A Terapia Sacro-Craniana tem como objectivo restabelecer a mobilidade de todas as estruturas e membranas e o fluxo livre dos fluídos do Sistema Sacro-Craniano, e tratar todos os sintomas que acompanham esta doença.

Um terapeuta qualificado através de manipulações específicas consegue localizar qualquer inflamação, desde as mais obvias até às mais dissimuladas, assim como alterações de vária ordem e estimular as forças de auto-regulação e os mecanismos defesa do organismo para que o corpo volte a desempenhar as suas funções normalmente.

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